Ainda a proposito de
colegas da media terem sido impedidos de cobrir o ultimo acto politico em que a
UNITA iam emitir a sua posição a volta das eleições gerais 2012. Na verdade
alguma coisa esta mal e deveria merecer uma reacção energica de todos os escribas
e respectivas organizaçoes socio profissionais e de defesa da classe.
Precisamos deixar bem
claro para todos, sejam governantes, partidos politicos, sociedade civil, etc.,
que a FONTE é a entidade portadora de informação, podendo ser pessoa,
falando por si ou coletivamente, ou documentos escritos ou audiovisuais, por
meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de informações, opiniões ou
dados e com os quais vão produzir conteúdos dignos de serem veiculados através
das suas plataformas de comunicação.
É um conceito
clarificado logo no inicio da Lei de Imprensa vigente no país e assegurado como
um dos fundamentos para o exercício da profissão de jornalistas.
O artigo 17, alínea b
assegura taxativamente a liberdade
de acesso às fontes de informação, nos termos estabelecidos na lei, bem como o
direito de acesso a locais públicos e respectiva protecção.
Só com acesso a informação, o
fazedor de informação pode fazer prevalecer outro imperativo legal, o da
Liberdade de Imprensa que como a própria lei diz traduz-se no direito de
informar, de se informar e ser informado através do livre exercício da
actividade de imprensa e de empresa sem impedimento nem discriminações. Portanto conclui a lei que “a liberdade de imprensa não deve estar
sujeita a qualquer censura prévia, nomeadamente de natureza política,
ideológica ou artística”.
Simpática e
democraticamente, o legislador, talvez avisado de quão é problemática a
relação JORNALISTAS/FONTES, estabeleceu que no exercício dessa nobre profissão é
garantido aos jornalistas o acesso às fontes de informação impondo limite claro
ali onde deve ser protegido interesse maior que o de informar e ser informado
como o caso de processos judiciais em segredo de justiça e à documentação
classificada como sendo segredo de Estado, militar e ainda a que afecta a
vida íntima dos cidadãos. Em consequencia, obriga as entidades publicas a um dever,
o dever de “assegurar o acesso às fontes
de informação com vista a garantir aos cidadãos o direito a serem informados”.
Até prova em contrário, posso
afirmar que em Angola estamos muito bem servidos de produtores de conteúdos. Temos na praça
competentes jornalistas e se nos media temos coisas destorcidas não será seguramente por
culpa dos jornalistas.
Os jornalistas, não devia assumir a culpa pelo
facto dos políticos, mais concretamente os legisladores, passarem a leste dos
mais candentes problemas na Nação. Meus senhores, não são os jornalistas que
fazem as leis, e nem são eles que têm o poder de as fazer cumprir.
O poder legislativo a duas legislaturas deixou em "aguas de bacalhau" instrumentos muito importantes como a regulamentação da lei de imprensa, a aprovação de um estatuto dos jornalistas, a instituição de uma entidade reguladora da comunicação social, a fortificação das instituições de defesa da classe, etc., etc. Já perdemos a conta do numero de vezes que a oposição, desde 1992 não esta a norte nem sul dos grandes temas que afligem a classe. Agora no epílogo de tudo nós somos os culpados?
O poder legislativo a duas legislaturas deixou em "aguas de bacalhau" instrumentos muito importantes como a regulamentação da lei de imprensa, a aprovação de um estatuto dos jornalistas, a instituição de uma entidade reguladora da comunicação social, a fortificação das instituições de defesa da classe, etc., etc. Já perdemos a conta do numero de vezes que a oposição, desde 1992 não esta a norte nem sul dos grandes temas que afligem a classe. Agora no epílogo de tudo nós somos os culpados?
Simplesmente estão a beber do vosso
próprio veneno e veja lá se pra a próxima legislatura "abram os olhos" e tenha
efectivamente faro de legisladores, ou seja capacidade de antecipar os
fenómenos e legislar correctamente sobre eles. KAMUZOS BANDAS, CÁ ENTRE NÓS NÃO
QUEREMOS…
Vamos com paciencia construir a DEMOCRACIA.
Vamos com paciencia construir a DEMOCRACIA.
DOIS TRISTES E
HISTORICOS EXEMPLOS DE FONTES IMPOSSIVEIS DE FACILITAR O TRABALHO DO ESCRIBA
(transcrição do áudio dos arquivos da BBC em Inglês)
BBC – Sua
Excelência: o Partido de Congresso do Malawi tomou a decisão de que sua Exa. o
actual Chefe de Estado, deveria continuar como Chefe de Estado vitalício.
BANDA – Sim.
BBC – Agora bem, algumas pessoas podem argumentar, acho eu,
e em particular a imprensa ocidental a quem o senhor acabou de falar, que este
acontecimento sacrifica os processos democráticos às necessidades da
continuidade política, o que não deixa de ser importante. Como reage ante este
argumento?
BANDA – O que é que o jornalista quer dizer com a palavra democracia? Eu
pergunto ao jornalista: dê então a sua definição da democracia.
BBC – Quer dizer,
o maior bem para o maior número de pessoas.
BANDA – Como então? Que número de pessoas? Que tipo de pessoas? Onde se encontram
elas? Onde moram? Aonde?
BBC – Mas as
pessoas são semelhantes em todas as partes.
BANDA – Não, não são. O Senhor não pode julgar o povo de Malawi como se fosse o
povo da Grã-Bretanha.
SEGUNDA ENTREVISTA COM O PRESIDENTE BANDA DO MALAWI
BBC – Sr. Dr.
Banda, qual foi o propósito da sua visita?
BANDA – Bem, eu fui convidado a vir cá pelo Secretário de Estado.
BBC – Veio cá
para pedir ao Secretario de Estado uma data fixa para a independência do
Malawi?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Quando
espera conseguir a independência?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Dr. Banda,
quando Vossa Excelência conseguir a independência, continua na sua determinação
de se separar da Federação Africana Central?
BANDA – Se o jornalista me fizer essa pergunta nesta etapa...
BBC – Pois esta
etapa serve da mesma forma que qualquer outra etapa. Porque é que me diz que eu não devia fazer a
pergunta nesta etapa?
BANDA – Eu não falei já o suficiente para todo o mundo se convencer que eu
pretendo exactamente aquilo?
BBC – Sr. Dr.
Banda, se o Malawi separar-se da Federação Central Africana, como faria economicamente?
Depois de tudo, o seu país não é na verdade um país rico.
BANDA - Não me faça essa pergunta. Deixe
isso comigo.
BBC – O que é que
pensa?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – De onde
pretende conseguir ajuda económica?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Será que
Vossa Excelência vai responder a qualquer das minhas perguntas
BANDA – Não, não direi nada.
BBC - Pelo menos, poderá dizer o motivo da sua
visita a Portugal?
BANDA – Isso é comigo.
BBC – Então, o
Sr. Dr. não me vai contar absolutamente nada....
BANDA – Absolutamente nada.
BBC – Então esta
entrevista não tem razão de ser.
BANDA – Isso é consigo.
BBC – Obrigado.
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