Antes de todas as conjunturas seria de todo interessante citar Robert
Dahl que sustenta que em todas as eleições o que esta em causa é a “livre competição pelo voto livre (one man,
one vote)”.
De antemão sabemos que na
disputa política não funciona o far
play à moda da FIFA, onde em caso de um adversário estar em perigo
joga-se a bola para fora e no reinicio do jogo a equipa beneficiada devolve a
posse de bola a equipa benfeitora.
Ainda na mesma linha de pensamento, Schumpeter citado por Alberto
Cafussa, adverte que “não se trata de uma
concorrência perfeita, mas sim, tal como no mercado econômico, de uma
concorrência imperfeita ou oligopolica, em que as elites ou oligarquias
políticas competem entre si pelo poder. A característica de um governo
democrático não é dada pela ausência de elites, mas supõe a presença necessária
de elites a disputarem entre si o voto popular”.
Todavia, para disputar esse tal “voto popular” é preciso impressionar,
conquistar o povo e para conquistar o povo a comunicação é fundamental e o
canal de comunicação indispensável.
Cá entre nós um analista ousou chamar o
desempenho da media publica durante as eleições 2012 como “OBSENO” e o da Radio Despertar e o jornal
Terra Angolana, como "inversamente igual a media publica".
A questão que se coloca para 2017 é: até que grau a nossa democracia
precisa fazer um volte face para Alcançar os canones de democracia plena?
Ou dito de outra forma, como chegar a este pleno e prévio requisito de
uma verdadeira democracia no país onde o ambiente na media é completamente
adverso?
Receitas procuram-se...
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