sexta-feira, 7 de setembro de 2012

REFLEXÕES NA RESSACA DAS ELEIÇÕES

Se for um dado adquirido de que agora vamos fazer das eleições uma pratica rotineira e cíclica, a questão que se levanta agora; é que tipo de eleições temos quando na verdade os meios de difusão em massa convertem-se em canais de claro favorecimento de um concorrente?
Antes de todas as conjunturas seria de todo interessante citar Robert Dahl que sustenta que em todas as eleições o que esta em causa é a “livre competição pelo voto livre (one man, one vote)”.
 De antemão sabemos que na disputa política não funciona o far play à moda da FIFA, onde em caso de um adversário estar em perigo joga-se a bola para fora e no reinicio do jogo a equipa beneficiada devolve a posse de bola a equipa benfeitora.
Ainda na mesma linha de pensamento, Schumpeter citado por Alberto Cafussa, adverte que “não se trata de uma concorrência perfeita, mas sim, tal como no mercado econômico, de uma concorrência imperfeita ou oligopolica, em que as elites ou oligarquias políticas competem entre si pelo poder. A característica de um governo democrático não é dada pela ausência de elites, mas supõe a presença necessária de elites a disputarem entre si o voto popular”.
Todavia, para disputar esse tal “voto popular” é preciso impressionar, conquistar o povo e para conquistar o povo a comunicação é fundamental e o canal de comunicação indispensável.
Cá entre nós um analista ousou chamar o desempenho da media publica durante as eleições 2012 como “OBSENO” e o da Radio Despertar e o jornal Terra Angolana, como "inversamente igual a media publica".
A questão que se coloca para 2017 é: até que grau a nossa democracia precisa fazer um volte face para Alcançar os canones de democracia plena?
Ou dito de outra forma, como chegar a este pleno e prévio requisito de uma verdadeira democracia no país onde o ambiente na media é completamente adverso?
Receitas procuram-se...

Sem comentários:

Enviar um comentário