O territorio da provincia de Luanda não tem tido chuvas regulares pelo menos nas duas ultimas epocas de chuva. Os camponeses e agriocultores tem experimentado uns maus bocados por tamanha penalização. Minha estimada sogra, velha que arrancamos quase que à força da sua terra natal para estar próximo da filha por razões de saúde, é uma das camponeses que rezava todos os dias pela chegada da chuva.
É que para manter o seu espirito de camponesa avivado, arranjamos-lhe uma pequena parcela de terra nos arredores de Luanda, onde se tinha empenhado com afinco e para nossa admiração em menos de um ano tinhamos deixado de comprar quizaka, mandioca, e toda ordem de ifatas que são predilectas na nossa cozinha. Para seu desespero, 2011 começou a secar tudo por falta de chuvas.
Este ano, sentada na sala e a ver televisão, num certo dia esclamou: mais quale chuva se minha mandioca tá secar toda no Bita? Ela acabava de ver a previsão do tempo no telefornal que anunciava chuva para Luanda.
Portanto, quando alguns, estão a maldizer S. Pedro pelo pequeno chuvisco, ela agradece, porque sua mandioqueira vai ressuscitar e voltaremos a ter quizaka em abundância nos nossos prolongados almoços de fim de semana.
É a vida, a felicidade de uns é a desgraça de outros.
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