sábado, 2 de agosto de 2014

QUSSANGA VAI PINTAR O MBUITI



Por algumas semanas publicitei no facebook o “novel ponto de encontro dos últimos tempos” que iria dar uma volta a minha amada terra, o Bolongongo. Propósito fundamental visitar familiares, amigos e conterrâneos e “matar a premente saudade”.

E de facto no dia 25, com um pequeno grupo de naturais e amigos, fui a terra. A chegada, A primeira contrariedade foi ver que a estrada esta cada vez pior, o que me levou a dar uma volta enorme, passando pelo Mau (Ambaca) única alternativa para evitar o sofrível troço Samba-Caju Quiculungo.

Chegados a terra, rapidamente esqueci o sofrimento da estrada e uma mistura de alegria e nostalgia evadiu o meu sentimento: rever a minha primeira igreja, a minha primeira sala de aulas, a primeira casa, etc. etc.

Lembrei-me da mãe , do pai, das minhas irmãs (todos já partiram para junto do pai) e para não chorar sempre escolhe por abafar as lágrimas trazendo ao de cima as boas lembranças.

choveu Malavu, muito funji, ginguba e outros quitutes!!!

Mas a grata surpresa foi encontrar por lá, e mais uma vez por amor a terra, um pintor consagrado, uma artista distinto cuja obra Angola e o mundo conhecem. Encontrei no Mbolongongo, Gabriel Quissanga, um artista plástico autor de quadros que hoje em dia fazem parte de colecções de homens e instituições distintas.

Quissanga, disse-me que, tinha tomado a decisão de deixar a azafama de Luanda um pouco distante e retornar a terra, para quem sabe, se olhando para o Mbuiti, revisitando o cenário onde começou os primeiros rabiscos que depois vieram a se converter em refinada arte surrealista, possa se inspirar e produzir uma nova serie de obras plásticas melhor que todas que já produziu.

Que bem-haja!

Gabriel Quissanga, participou de dezenas de exposições colectivas e individuais, representou as artes plásticas angolanas em variados momentos no estrangeiro e tem quadros na colecção de Mário Soares, BNA, ENSA, dezenas de políticos e figuras públicas angolanas, só para citar alguns da extensa lista da qual já perdeu a conta.

Nasceu em 1964, na aldeia de Cahombo. É membro da União Nacional de Artistas Plásticos, UNAP, e do Clube das Artes e Ofícios.
Autodidacta de formação, desenvolveu, desde 1994, a prática da pintura, decoração e cenografia.
Participa em várias exposições individuais e colectivas em Angola e no estrangeiro, estando representado em várias colecções particulares e oficiais, tanto nacionais como estrangeiras. 
Parabéns Mano. Que venham muitas obras e se inspiradas pelo Mbuiti, Muanza e todos os outros motivos da nossa amada terra melhor um pouco.

Ei-lo aqui na sua terra e fazer o que de melhor sabe: PINTAR!!!

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