Por algumas
semanas publicitei no facebook o “novel ponto de encontro dos últimos tempos”
que iria dar uma volta a minha amada terra, o Bolongongo. Propósito fundamental
visitar familiares, amigos e conterrâneos e “matar a premente saudade”.
E de
facto no dia 25, com um pequeno grupo de naturais e amigos, fui a terra. A
chegada, A primeira contrariedade foi ver que a estrada esta cada vez pior, o
que me levou a dar uma volta enorme, passando pelo Mau (Ambaca) única alternativa
para evitar o sofrível troço Samba-Caju Quiculungo.
Chegados
a terra, rapidamente esqueci o sofrimento da estrada e uma mistura de alegria e
nostalgia evadiu o meu sentimento: rever a minha primeira igreja, a minha
primeira sala de aulas, a primeira casa, etc. etc.
Lembrei-me
da mãe , do pai, das minhas irmãs (todos já partiram para junto do pai) e para
não chorar sempre escolhe por abafar as lágrimas trazendo ao de cima as boas
lembranças.
choveu
Malavu, muito funji, ginguba e outros quitutes!!!
Mas a
grata surpresa foi encontrar por lá, e mais uma vez por amor a terra, um pintor
consagrado, uma artista distinto cuja obra Angola e o mundo conhecem. Encontrei
no Mbolongongo, Gabriel Quissanga, um artista plástico autor de quadros que
hoje em dia fazem parte de colecções de homens e instituições distintas.
Quissanga,
disse-me que, tinha tomado a decisão de deixar a azafama de Luanda um pouco
distante e retornar a terra, para quem sabe, se olhando para o Mbuiti,
revisitando o cenário onde começou os primeiros rabiscos que depois vieram a se
converter em refinada arte surrealista, possa se inspirar e produzir uma nova
serie de obras plásticas melhor que todas que já produziu.
Que bem-haja!
Gabriel
Quissanga, participou de dezenas de exposições colectivas e individuais,
representou as artes plásticas angolanas em variados momentos no estrangeiro e
tem quadros na colecção de Mário Soares, BNA, ENSA, dezenas de políticos e
figuras públicas angolanas, só para citar alguns da extensa lista da qual já perdeu
a conta.
Nasceu
em 1964, na aldeia de Cahombo. É membro da União Nacional de
Artistas Plásticos, UNAP, e do Clube das Artes e Ofícios.
Autodidacta de formação, desenvolveu, desde 1994, a prática da pintura, decoração e cenografia.
Autodidacta de formação, desenvolveu, desde 1994, a prática da pintura, decoração e cenografia.
Participa em várias exposições individuais e colectivas em Angola e no estrangeiro, estando representado em várias colecções particulares e oficiais, tanto nacionais como estrangeiras.
Parabéns
Mano. Que venham muitas obras e se inspiradas pelo Mbuiti, Muanza e todos os
outros motivos da nossa amada terra melhor um pouco.
Ei-lo
aqui na sua terra e fazer o que de melhor sabe: PINTAR!!!
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