A prática tem
demonstrado que por essa via utilizada pelo nosso ilustre Isidoro Natalício
para debitar a sua contribuição para uma comunicação social mais sã, com a
melhor das intenções acho, os resultados não tem sido dos melhores.
Não só tem
reacções adversas de um e de outro, como é directamente criticado e ou
aconselhado por variadíssimas pessoas, se bem que também devemos considerar que
é apoiado por uma significativa fatia de companheiros.
Para mim precisamos cristalizar dois aspectos
fundamentais. De um tempo a esta parte (para ser mais preciso, desde a saída do
Isidoro dos cargos que ocupou na província que mais ou menos coincide com a
conclusão da licenciatura em Ciências da Comunicação) o companheiro tornou-se
um aguerrido crítico do desempenho do nosso jornalismo e da nossa assessoria
institucional.
Tem discorrido
por essa via rios de argumentos, apoio alguns e refuto outros. Olhando só e
somente para este contexto a conclusão que se pode chegar é que o companheiro
quer contribuir para a mudança.
A pergunta lógica
e que não se cala em mim é: porque só agora o companheiro se tornou tão crítico
ao desempenho do jornalismo angolano?
Carlos A.
Guerra, autor do conteúdo da Cadeira de COMUNICAÇÃO INTEGRAL no mestrado em
Ciências da Informação na Universidade Europeia do Atlântico apresenta-nos
algumas características essenciais da comunicação interpessoal que nos podem
valer no vertente caso.
Uma das
características, é o princípio da irreversibilidade
da comunicação. “Uma vez que tendo dito
algo, não podemos voltar atras, o que se comunica não tem reverso”. Por
essa razão é de todo importante planear as ideias com cuidado antes que elas
sejam libertas da nossa mente para se tornarem em linguagem. Só assim se evitam
os efeitos negativos que uma comunicação inadequada pode provocar.
Sendo o homem.
um ser comunicativo por natureza e vocação, é inevitável e impossível viver sem
comunicar. Mesmo a “negação a
comunicar-se é em si um acto comunicativo”.
Portanto estamos
sempre e permanentemente em comunicação. Sendo assim devemos cuidar ao pormenor
das mensagens que lançamos e que são apreendidas por todos os sentidos de que nos
servimos (audição, olfacto, tacto, visão, paladar...) e na comunicação escrita
deve ser preocupação o que os sinais e signos transmitem e o que transparecem
transmitir.
A sabedoria
popular nos aconselha a saber ler nas entrelinhas. Tudo isso, faz parte do
nosso sistema comunicativo no contexto global. Os estudiosos estabelecem duas
leis básicas para a comunicação interpessoal:
1 – O que A diz não é verdadeiro, o verdadeiro é
aquilo que B entende.
2 – Quando B interpreta erroneamente uma mensagem
de A, a responsabilidade é sempre de
A.
Ou seja, na
comunicação interpessoal, o peso da comunicação recai sempre no emissor. Ao
emissor cabe a missão de se certificar de que o receptor entendeu
correctamente. Se o emissor deixa em segundo plano esta verificação, não pode
responsabilizar o receptor se a compreensão for errada.
Portanto para
mim, a insistência com que volte e meia nos brinda com as suas construtivas críticas
deve ser reconfigurada para uma nova forma de exercício. Um exercício que possa
ser mais didactico e mais persuasivo.
Talvez por essa
via logremos maiores êxitos e assim, sim, estaremos a exercitar a nossa
cidadania e a mostrar com argumentos e praticabilidade os degraus que vamos
vencendo no sinuoso caminho da instrução e aprendizagem. Quiçá na Academia.
Tenho dito.
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