terça-feira, 25 de setembro de 2012

COMENTARISTAS E ANALISTAS A NOVA MODA NA MEDIA ANGOLANA


Até a pouco não percebia a “procissão” pela média adentro de analistas e comentaristas. Meia volta daqui, ouvia um comentarista, meia volta dali ouvia outro comentarista. Chegaram as eleições e um vocábulo rapidamente ganhou força: POLITICOLOGO. Era politicólogo daqui, politicólogos dali. P´ra quebrar a corrente só mesmo com os mestres e doutores. Ficava impávido e curioso. Mas por fim entendi.Uma fonte que consultei, apontou o hipotético cenário de a via do comentário na média ser uma rampa de lançamento para voos mais altos na vida pública e na política. A minha fonte citou dois exemplos emblemáticos. Segundo a minha fonte, começou a ouvir Santana Lopes como comentarista na média portuguesa e depois acabou Primeiro-ministro de Portugal. Citou também Obama de quem começou a ouvir como eloquente orador nos palcos públicos dos EUA e depois acabou inquilino da Casa Branca.
Outro cenário admitido pela minha fonte é o de puro “academismo”, uma espécie de paixão irresistível por analisar com “olhos de ver” os fenómenos que ocorrem nas sociedades. Este tipo de analistas, são tão somente académicos, comprometidos com a academia e que não se vergam na sua autoridade. A opinião deste tipo de analista funciona quase que como lei. São verticais, frontais, sinceros e íntegros. Por outras palavras, são espécie de autoridades no seu ofício e quando abrem a boca, quase todos escutam.
Perante estes dois cenários é fácil concluir que a procissão que assistimos na média, não é para alcançar autoridade académica. A minha fonte disse baixinho: são tão unânimes que não compreendo o que comentam nem o que analisam. Mas grave ainda, não compreendo as razoes porque são convidados as dezenas  quando o objectivo deste tipo de painéis é efectivamente lançar uma polemica saudável, explorar a diferença de opinião e alimentar o publico com pontos de vistas discordantes para que cada um no seio são juízo tirar conclusões.
A unanimidade é tão vistosa que a maior parte dos comentaristas e analistas não disseram nem 1% do que andam a ensinar-nos nas universidades.
Agora a minha questão é: será que os profs (salvo raras excepções) estão a procura do “seu lugar ao sol” em detrimento dos postos que ocupam na academia?
Quem já se cansou com a procissão dos analistas e comentaristas, na média angolana, tem uma rica e bem conseguida alternativa. Um grupo de senhoras onde pontificam as dras. Laurinda e Simeão, uma jornalista da ANGOP e a veterana Fançony, dão-nos a ouvir as quartas-feiras em ELAS E O MUNDO na LAC, uma análise à partida com antagonismo entre as integrantes do painel, diferença de opinião e o que mais valorizo uma impar frontalidade na abordagem de qualquer que seja o tema.
Comparando esse painel de excelentes mulheres analistas ao grosso de homens que exerce o mesmo ofício, recheio que a eliminatória entre ambos os times já esta ganha a favor das senhoras por BWÉ A ZERO.

PARABENS A MINHA COMADRE EMILIA RITA

Por natureza sou um consumidor avisado no que a média diz respeito. Portanto não caio com facilidade nas armadilhas da publicidade nem nas induções da propaganda.
Desde o começo do dossier eleições que observo com atenção redobrada as más e as boas coisas que vão acontecendo na nossa média. Em alguns momentos, tive mesmo de fazer um desabafo. Diga-se que quase todos para criticar linhas editoriais ou bajulações que nos foram dadas a engolir. Essas minhas análises têm-me valido muitas críticas, incluindo as aceitáveis do meu meio-irmão, camarada e amigo Fidelíssimo. Portanto, não quero mais “levantar os cabelos” de quem quer que seja. Apenas quero dizer duas verdades.
Hoje, foi um show de varias notícias de um só tema: a tomada de posse dos próximos Presidente e Vice-presidentes de Angola. Na RNA foram qualquer coisa como 26 minutos cansativos de enaltecimento das qualidades de JES. Não é que eu não veja qualidades no “presidente de todos os angolanos” apenas foi um pouco demais e repetitivo. Porém, quando já ia de mão erguida para castigar a emissora deslocando o meu aparelho para outra frequência, eis que ouvi algo que me fez parar e continuar a ouvir. Uma repórter terá tido (para mim) a peça mais bem conseguida do jornal da noite do dia 25 de setembro de 2012. Emília Rita, resumiu a biografia de JES, recorreu ao depoimento de seu irmão mais velho, Avelino, que enalteceu a simplicidade de JES e os seus primeiros passos na vida e logo depois em um bem conseguido depoimento de Isabel dos Santos ficamos a saber que o nosso próximo presidente é um pai “carinhoso” e um avo dedicado aos netos nos poucos momentos de vagar que possui. De Isabel, ouvimos também a referência de que o pai é “muito inteligente” e por fim que tudo ou quase tudo que ela é, aprendeu com o pai. Até a ler e escrever. Pois bem, se olharmos para o conceito de notícia veremos que ela é notícia quando recheada de vários ingredientes. Ser um facto novo e publicamente relevante é um dos ingredientes indispensáveis.
Portanto, no meio de uma fadonha pauta noticiosa alegrei-me de ouvir essa matéria que para mim tinha novidades que nunca ouvi. E alegrei-me mais ainda porque assinou a matéria a minha comadre emília Rita.
Viva a nossa “escola da kamunday”, valeu a pena aturar os bafos das “estrelas” da altura e felicito a persistência e autossuperação da querida Emília Rita Kassai Kacongo. E só estamos a falar de puro e simples jornalismo.
Que bom seria se todos os dias tivéssemos coisas iguais.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CONVITE À TODA MALTA


PONTO   encontro

Como diz o Mateus Kaley no seu comentario, as vezes é dificil contabilizar o lapso de tempo que vai desde as escavações para fazer os cabocos até ao tecto e pintura de uma obra em alvenaria. Na verdade passaram quase 2 anos.
Lembro-me que o primeiro passo pelas terras do Bita Tanque foi dado em setembro de 2010, mais precisamente a 21 de setembro (data de aniversario da minha Meny). Meses depois começamos arrojadamente a erguer os primeiros pilares.
Portanto, por essa feliz concidencia, convenci a minha pequenina a adiar a comemoração do seu dia de anos para o proximo fim de semana, ou seja o ultimo do mes de setembro. Sendo assim convido o Mateus Kaley (meu puto do BBB) e todos aqueles que por essa via derem um sinal de disponibilidade para podermos provar uns quitudes, umas birras, ouvir boa musica e por a conversa em dia.
Eu garanto, os quitutes por conta da casa, levo umas birritas, uns vinhaços e uns quentinhos de entrada, e são bem vindas todas e outras contribuições que concorram para melhorar o convivio.
Como se pode ver, dormir não é problema (temos quartos quase prontos).
Os interessados, devem confirmar para o meu telefone ou pela via do comentario e são livres de virem acompanhados das vossas BOAS COMPANHIAS.
Esta lançada a isca. 
Por fim muito especialmente ao puto Clinton das correspondencias, fiel visitante ao meu MAMBWENE: se puderes puto, dá cá um salto.
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

BITA À VISTA

Companheiras e companheiros do meu cantinho, finalmente posso humildemente anunciar-vos que o  PONTO d´ENCONTRO que prometi, distante dos engarrafamentos, poluição sonora, insegurança, problemas no estacionamento, etc. etc., está pronto.
Não pronto com os luxos das grandes instancias de férias. Mas, esta pronto para receber os que gostam de variar e da vida no campo. Uns dos grandes atractivos que podemos anunciar são os quitutes da  Dona Guida, o fresco cacusso do Kuanza, variados jogos e as vislumbrantes imagens que o Kuanza proporciona em ambas as margens.
Partindo do nosso PONTO d´ENCONTRO é possivel avistar lá ao longe a Kissama, o Kalumbo, o Tombo, o Nguengue, etc. Para os bons nadadores é sempre possivel um mergulho das frescas águas do Kuanza e ou nas suas lagoas.
Portanto, estamos a espera de propostas e ideias.
Enquanto isso, pode, comentar a vontade que as vossas sugestões só nos fazem bem. Agradecemos vossa visita ao cantinho. Passe a palavra por favor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A MEDIA COMO BODE EXPIATORIO DOS POLITICOS


Ainda a proposito de colegas da media terem sido impedidos de cobrir o ultimo acto politico em que a UNITA iam emitir a sua posição a volta das eleições gerais 2012. Na verdade alguma coisa esta mal e deveria merecer uma reacção energica de todos os escribas e respectivas organizaçoes socio profissionais e de defesa da classe.
Precisamos deixar bem claro para todos, sejam governantes, partidos politicos, sociedade civil, etc., que a FONTE  é a entidade portadora de informação, podendo ser pessoa, falando por si ou coletivamente, ou documentos escritos ou audiovisuais, por meio dos quais os jornalistas tomam conhecimento de informações, opiniões ou dados e com os quais vão produzir conteúdos dignos de serem veiculados através das suas plataformas de comunicação.
É um conceito clarificado logo no inicio da Lei de Imprensa vigente no país e assegurado como um dos fundamentos para o exercício da profissão de jornalistas.
O artigo 17, alínea b assegura taxativamente a liberdade de acesso às fontes de informação, nos termos estabelecidos na lei, bem como o direito de acesso a locais públicos e respectiva protecção.
Só com acesso a informação, o fazedor de informação pode fazer prevalecer outro imperativo legal, o da Liberdade de Imprensa que como a própria lei diz traduz-se no direito de informar, de se informar e ser informado através do livre exercício da actividade de imprensa e de empresa sem impedimento nem discriminações. Portanto conclui a lei que “a liberdade de imprensa não deve estar sujeita a qualquer censura prévia, nomeadamente de natureza política, ideológica ou artística”.
Simpática e democraticamente, o legislador, talvez avisado de quão é problemática  a relação JORNALISTAS/FONTES, estabeleceu que no exercício dessa nobre profissão é garantido aos jornalistas o acesso às fontes de informação impondo limite claro ali onde  deve ser protegido interesse maior que o de informar e ser informado como o caso de processos judiciais em segredo de justiça e à documentação classificada como sendo segredo de Estado, militar e ainda a que afecta a vida íntima dos cidadãos. Em consequencia, obriga as entidades publicas a um dever, o dever de  “assegurar o acesso às fontes de informação com vista a garantir aos cidadãos o direito a serem informados”.
Até prova em contrário, posso afirmar que em Angola estamos muito bem servidos de produtores de conteúdos. Temos na praça competentes jornalistas e se nos media temos coisas destorcidas não será seguramente por culpa dos jornalistas.
Os jornalistas, não devia assumir a culpa pelo facto dos políticos, mais concretamente os legisladores, passarem a leste dos mais candentes problemas na Nação. Meus senhores, não são os jornalistas que fazem as leis, e nem são eles que têm o poder de as fazer cumprir.
O poder legislativo a duas legislaturas deixou em "aguas de bacalhau" instrumentos muito importantes como a regulamentação da lei de imprensa, a aprovação de um estatuto dos jornalistas, a instituição de uma entidade reguladora da comunicação social, a fortificação das instituições de defesa da classe, etc., etc. Já perdemos a conta do numero de vezes que a oposição, desde 1992 não esta a norte nem sul dos grandes temas que afligem a classe. Agora no epílogo de tudo nós somos os culpados?
Simplesmente estão a beber do vosso próprio veneno e veja lá se pra a próxima legislatura "abram os olhos" e tenha efectivamente faro de legisladores, ou seja capacidade de antecipar os fenómenos e legislar correctamente sobre eles. KAMUZOS BANDAS, CÁ ENTRE NÓS NÃO QUEREMOS…
Vamos com paciencia construir a DEMOCRACIA.

DOIS TRISTES E HISTORICOS EXEMPLOS DE FONTES IMPOSSIVEIS DE FACILITAR O TRABALHO DO ESCRIBA (transcrição do áudio dos arquivos da BBC em Inglês)
BBC – Sua Excelência: o Partido de Congresso do Malawi tomou a decisão de que sua Exa. o actual Chefe de Estado, deveria continuar como Chefe de Estado vitalício.
BANDA – Sim.
 BBC – Agora bem, algumas pessoas podem argumentar, acho eu, e em particular a imprensa ocidental a quem o senhor acabou de falar, que este acontecimento sacrifica os processos democráticos às necessidades da continuidade política, o que não deixa de ser importante. Como reage ante este argumento?
BANDA – O que é que o jornalista quer dizer com a palavra democracia? Eu pergunto ao jornalista: dê então a sua definição da democracia.
BBC – Quer dizer, o maior bem para o maior número de pessoas.
BANDA – Como então? Que número de pessoas? Que tipo de pessoas? Onde se encontram elas? Onde moram? Aonde?
BBC – Mas as pessoas são semelhantes em todas as partes.
BANDA – Não, não são. O Senhor não pode julgar o povo de Malawi como se fosse o povo da Grã-Bretanha.

SEGUNDA ENTREVISTA COM O PRESIDENTE BANDA DO MALAWI
BBC – Sr. Dr. Banda, qual foi o propósito da sua visita?
BANDA – Bem, eu fui convidado a vir cá pelo Secretário de Estado.
BBC – Veio cá para pedir ao Secretario de Estado uma data fixa para a independência do Malawi?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Quando espera conseguir a independência?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Dr. Banda, quando Vossa Excelência conseguir a independência, continua na sua determinação de se separar da Federação Africana Central?
BANDA – Se o jornalista me fizer essa pergunta nesta etapa...
BBC – Pois esta etapa serve da mesma forma que qualquer outra etapa.  Porque é que me diz que eu não devia fazer a pergunta nesta etapa?
BANDA – Eu não falei já o suficiente para todo o mundo se convencer que eu pretendo exactamente aquilo?
BBC – Sr. Dr. Banda, se o Malawi separar-se da Federação Central Africana, como faria economicamente? Depois de tudo, o seu país não é na verdade um país rico.
BANDA -  Não me faça essa pergunta. Deixe isso comigo.
BBC – O que é que pensa? 
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – De onde pretende conseguir ajuda económica?
BANDA – Não lhe vou dizer isso.
BBC – Será que Vossa Excelência vai responder a qualquer das minhas perguntas
BANDA – Não, não direi nada.
BBC -  Pelo menos, poderá dizer o motivo da sua visita a Portugal?
BANDA – Isso é comigo.
BBC – Então, o Sr. Dr. não me vai contar absolutamente nada....
BANDA – Absolutamente nada.
BBC – Então esta entrevista não tem razão de ser.
BANDA – Isso é consigo.
BBC – Obrigado.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

REFLEXÕES NA RESSACA DAS ELEIÇÕES

Se for um dado adquirido de que agora vamos fazer das eleições uma pratica rotineira e cíclica, a questão que se levanta agora; é que tipo de eleições temos quando na verdade os meios de difusão em massa convertem-se em canais de claro favorecimento de um concorrente?
Antes de todas as conjunturas seria de todo interessante citar Robert Dahl que sustenta que em todas as eleições o que esta em causa é a “livre competição pelo voto livre (one man, one vote)”.
 De antemão sabemos que na disputa política não funciona o far play à moda da FIFA, onde em caso de um adversário estar em perigo joga-se a bola para fora e no reinicio do jogo a equipa beneficiada devolve a posse de bola a equipa benfeitora.
Ainda na mesma linha de pensamento, Schumpeter citado por Alberto Cafussa, adverte que “não se trata de uma concorrência perfeita, mas sim, tal como no mercado econômico, de uma concorrência imperfeita ou oligopolica, em que as elites ou oligarquias políticas competem entre si pelo poder. A característica de um governo democrático não é dada pela ausência de elites, mas supõe a presença necessária de elites a disputarem entre si o voto popular”.
Todavia, para disputar esse tal “voto popular” é preciso impressionar, conquistar o povo e para conquistar o povo a comunicação é fundamental e o canal de comunicação indispensável.
Cá entre nós um analista ousou chamar o desempenho da media publica durante as eleições 2012 como “OBSENO” e o da Radio Despertar e o jornal Terra Angolana, como "inversamente igual a media publica".
A questão que se coloca para 2017 é: até que grau a nossa democracia precisa fazer um volte face para Alcançar os canones de democracia plena?
Ou dito de outra forma, como chegar a este pleno e prévio requisito de uma verdadeira democracia no país onde o ambiente na media é completamente adverso?
Receitas procuram-se...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

COMO O MPLA SOLIDIFICA SUAS RETUMBANTES VITORIAS


Salta-me a vista a forma astuta e eficiente como de maneira sucessiva o MPLA vem conquistando suas vitorias folgadas sobre seus concorrentes a partir de uma estratégia assente em múltiplos pilares onde a comunicação social é sem duvidas um dos mais importantes. É possível observar uma estratégia de comunicação bem urdida e que tem nos últimos tempos a TV como o principal “cavalo de Batalha”. Enquanto a maioria dos actores políticos angolanos se engajam em batalhas visando “remover” o MPLA do poder que conserva desde a nascença da Angola independente, o partido dos camaradas tem dado a observar aos mais atentos que a sua permanência no poder obedece a uma estratégia baseada na “Imagem Positiva” construída com a participação do cidadão comum que transmite durante períodos cruciais, o valor do projecto de Nação que parecendo caduco aos concorrentes de um ápice funciona e renova a confiança dos eleitores nas suas promessas. Por incrível que pareça, através da comunicação social o MPLA dispara a suas “balas mágicas” perante a passividade dos concorrentes que não reparam e pior para eles ainda ajudam a enriquecer o conteúdo.
Através da comunicação social, particularmente a televisão, o MPLA consegue “prender” a atenção do eleitor, fazendo bem duas coisas: comunicar com eficiência e distrair a concorrência.
No que toca a entreter a concorrência, que tem estado a funcionar muito bem, parece que a unica excepção ocorreu em 1992, quando na bancada dos concorrentes ao poder estava um “peso pesado” que se chamava Jonas Savimbi que nutrido do capital de “combatente pela democracia” quase rivalizou com MPLA não fosse o facto de o único canal de televisão disponível ser GOVERNAMENTAL (transformado as pressas em publico) e logo ao serviço da formação política gestora do estado para o caso o MPLA.
Na época, bem tentou Jonas Savimbi abrir um serviço de televisão, mas não logrou êxitos e de maneira estratégica rapidamente o MPLA ofereceu de bandeja a possibilidade de abrir o serviço de radio, pois de antemão se sabia que a limitação legal de transmissão apenas em FM era travão mais do que suficiente para diluir o impacto das presumíveis estratégias urdidas pelo lider da UNITA.
Em 1992, tudo era novo e as coisas novas apeteciam. Muitas delas foram feitas “a quente” incluindo pelo próprio partido no poder, mas por mais quente estivesse o ambiente e por mais empolgados que estivessem os actores políticos, os estrategas do MPLA souberam segurar e muito bem o Cavalo de Troia que se conhecia no sector dos MASS MEDIA que era efectivamente a televisão, não estivéssemos no inicio dos anos 90 como se veio a constatar uma decado ouro para a TV.  William Tonet, um dos pioneiros no sector do vídeo com a sua MUNDO VIDEO tentou um projecto similar, mas não passou da intenção.
Portanto, se empolgados pelos ventos da mudança onde até o sector neufragico da vida do país, a economia, Não escapou ao redimensionado e quase todo o valioso patrimônio empresarial existente foi “leiloado” para não dizer oferecido a custo zero a pseudoempresarios despreparados, porque carga d’água, tais poderosos ventos não sopraram no sentido de também o sector da media optar pela inovação que na época passava obrigatoriamente por deixar-se nascer e crescer projectos alternativos a media publica, porque alias  ousados cidadãos apresentavam exequíveis propostas?
Na verdade desde os tempos de partido estado que o MPLA dedica especial atenção a esse sector neufragico. Agora no terceiro acto eleitoral e já é possivel confirmar hipoteticamente do porque de tal afeição.
É a partir do mesmo que as suas vitorias são garantidas, não porque as suas propostas sejam as únicas validas para reger a nação, mas antes porque elas chegam com eficiência ao eleitor e por essa via electrizam e fidelizam os votantes. A jogar a favor da estratégia do MPLA, esta falta de acutilancia, diria estratégia dos pretendentes ao poder que não conseguem intrometer e partilhar o território assalador de projecção da imagem positivista do MPLA, que se chama televisão. 
Nesse seu monopólio, os camaradas foram bafejados tanto pela sorte, que até na única ocasião em que este cenário poderia em teoria ser forçado a mudar a própria oposição deixou-a escapar. À reboque no forte capital político de Jonas Malheiro Savimbi, transfigurado de “demônio” para o grande “reformista”, como o velho guerrilheiro foi apresentado aos eleitores, tudo em nome da reconciliação nacional pós Bicesse, a primeira Assembleia nacional multipartidária foi a melhor das ocasiões para ir estreitando o espaço de manobra a disposição do MPLA no manejo dos cordeirinhos do xadrez político angolano a seu bel prazer. Tudo porque para as decisões chaves o MPLA precisava do apoio da UNITA, detentora de 70 assentos na sede do poder legislativo. Porém, a opção de Jonas Savimbi, depois de não ver coroados os seus esforços de chegar à presidência de Angola foi o retorno à guerra, alias ideia que não abandonara desde a assinatura de Bicesse tal era o seu poderio militar visto a olhos nús e a demonstração da sua propensão pela confrontação belicista nos actos públicos protagonizados um pouco em todo o país e tom de violência no seu discurso de campanha em setembro de 1992.
Contrariado, ou melhor, “facilitado” o MPLA foi paciente e geriu o choque do retorno à guerra, reconheça-se com coragem e apurada diplomacia até a época em que se socorreu de uma cisão no seio dos maninhos fazendo ascender a Renovada com o grupo que se manteve na cidade. Nesta ocasião, mais uma vez a soberana oportunidade de volta a senda política com o arranque do debate sobre a constituição. O debate avançou a tal ponto que se chegou a um esboço de constituição, um acordo sobre os símbolos onde pontificava a mudança da bandeira nacional para afastá-la das profundas semelhanças com as cores da bandeira do MPLA. Entretanto, apossados de uma febre de “abandonos das sessões” na assembleia Nacional, a UNITA deixou escapar tal oportunidade abandonando a comissão constitucional. O que nunca passou pela cabeça dos Maninhos é o facto de que tal abandono era o melhor presente que se poderia dar ao “Glorioso”, pois encorajado e animado com os resultados de 1992, seguro do desgaste de imagem do seu arquirrival que acabava de perder o que de mais valioso tinha, o líder, o MPLA nada mais disse e fez o jogo do concorrente, guardando pacientemente o seu principal trunfo para o fim.
Sempre protegido pelo seu alargado espaço de manobra chegou às eleições de 2008 conseguindo o primeiro ponto de avanço sobre o seu concorrente que foi separar entre legislativas e as presidenciais ao contrario de 1992 quando os dois poderes foram providos em um único acto. Eis que chegou a vitoria “retumbante” que o politologo Alberto Cafussa[1] considera como surpreendente tanto para o vencedor (MPLA) quanto para o maior derrotado (UNITA). “Ao obter uma maioria absoluta de votos validamente expressos, o MPLA, que previa uma vitoria com maioria qualificada não superior a 70% teve de se confortar com um resultado nada antes imaginado”.
E como o que abundam não prejudica, o MPLA terá simplesmente agradecido e encetado o que a UNITA nunca quis fazer em conjunto, ou seja: a revisão constitucional. Hoje e sob o silencio da oposição em actos do estado facilmente as pessoas podem fazer-se acompanhar da bandeira partidária cuja diferença com a da Republica é semelhante a diferença entre gêmeos verdadeiros, só para citar este exemplo.
Voltando ao apego do partido fundador da Nação Angolana ao sector da media, importa ressaltar que o MPLA “segura” a TPA com duas mãos, alias só um partido desavisado poderia se dar ao luxo de não socorrer-se legitimamente desta “poderossima” arma existente no mercado uma vez que a pretensão das forças políticas é a de conquistar o poder e a de mante-lo, como o vertente caso.
A missão de observação da União Europeia as eleições de 2008 refere no seu relatório final ter notado “uma melhoria geral e global no ambiente dos meios de comunicação social de Angola após a assinatura dos acordos de Paz de Bicesse em 1991. A Lei de Imprensa, promulgado em Junho desse ano, garantiu a liberdade da imprensa; apareceram novos meios de comunicação privados e o conteúdo jornalístico tornou-se mais aberto e crítico. Contudo, alguns aspectos do ambiente dos meios de comunicação social em Angola ainda ficam aquém das normas democráticas internacionais”[2]. O problema reside no facto da limitação gritante no que tange ao acesso a uma pluralidade de opiniões devido ao facto dos media de alcance nacional serem exclusivamente apenas os órgãos públicos excessivamente controlados pelo partido no poder através do governo.
Também saltou a vista o desempenho da unica estação de televisão na altura no país com dois canais e refere o relatório da EU “a TPA 1 e TPA 2 também transmitiram spots pro Governo e novos boletins a 4 de Setembro incluindo informação sobre o evento de encerramento da campanha do MPLA em Cacuaco. Outro exemplo de conduta incorrecta por parte da TPA 1 foi a transmissão de várias entrevistas a eleitores no Dia de Eleições em que os entrevistados eram questionados sobre se tinham intenções de votar no “partido do seu coração” - o slogan utilizado pelo MPLA durante a sua campanha”[3].
Pois bem ali esta o patente o que a oposição, principalmente a UNITA nunca chegaram a prever ao deixar escapar a oportunidade de uma posição de peso significativo na assembleia nacional forçar pela via da legislação uma conformação das nossas instituições e regulamentos aos cânones regentes da democracia no mundo.
Melhor que todos os restantes concorrentes ao poder, o MPLA sabia e sabe que os especialistas consideram a TV como o media que manda numa eleição. Alfredo da Mota Menezes[4] em um artigo publicado em agosto de 2004, socorre-se do conteúdo de um trabalho de mestrado em que era parte do jurado onde o mestrando tinha pesquisado sobre as estratégias que construíram na televisão a imagem de Collor de Mello para a eleição presidencial de 1989. Neste trabalho o autor acaba por demonstrar dados incisivos que provam em como até telenovelas que se encontravam no ar na TV GLOBO, nomeadamente “Salvador da Pátria, Vale Tudo e Que Rei Sou Eu”, ajudaram a construir uma imagem a favor do candidato.
Segundo o artigo, a televisão é a principal fonte para os eleitores numa eleição, vindo a seguir Jornais e revistas e logo depois as discussões pessoais com terceiros e por fim a rádio. Um dado relevante é o facto de somente 0,5% das pessoas serem influenciadas pelas pesquisas eleitorais. Portanto é unanime afirmar-se que a televisão é como uma força "avassaladora" sobre outros veículos de comunicação.
Quanto falamos de TV, não estamos propriamente a nos referir somente ao horário gratuito distribuido aos concorrentes. Na verdade toda a emissão é uma grande oportunidade, e tal como “grão a grão, a galinha enche o papo” passo a passo pela via da repetição a televisão electriza o telespectador eleitor e induz de maneira como que natural a opção a escolher no dia D. O nosso citado acrescenta que para “fazer a cabeça do eleitor” os telejornais, as entrevistas e os debates também participam do processo e faz referencia a alguns debates famosos como de Nixon e Kennedy em 1960 e Collor e Lula em 1989, e por nossa conta acrescentamos o recente entre Sarkozy e Hollande em 2012.
A historia dos medias regista que por “culpa da TV” o eleitor diminuiu sua presença em comícios, pois pode "acompanhar seu comício de sua própria casa". Daí que hoje a moda é showmício (uma mistura de shows com comício) e perdem tempo os que disperdiçam energia e aproveitam mal espaço na media para dirigir criticas ao MPLA desafiando esse partido a fazer simples manifestações políticas a estilo da época da mobilização via megafone, porque é por demais sabido que o eleitor não se dá ao trabalho de sair da sua confortável poltrona apenas para ir ouvir verbos e números nos fadonhos discursos dos politicos. A vida é acção e emoção e não estão as formações políticas proibidas de dar acção e emoção as suas iniciativas.
É exemplo o disso o dia em que o MPLA lançou a sua proposta de programa de governo e manifesto eleitoral (julho de 2012). No âmbito da operação “electrizar o eleitor”,  o MPLA engalanou a linda sala do centro de conferencias de Belas enchendo-a com seus membros e colorindo-a de vermelho-amarelo-preto (ai esta mais uma vez a imagem) e para não variar teve momento para Matias Damásio subir à tribuna onde a cupla do partido tinha momentos antes deixado uma sequencia de palavras e números que devem ter entrado no ouvido direito e imediatamente saído no esquerdo dos ouvintes, para transformá-la em palco e levantar a plateia que de chapéu/lenços em mãos acenou para o cantor e o presidium para quem esteve na sala, mas para aqueles que tal como eu acompanharam pela televisão sem duvidas o aceno foi para o telespectador porque Lá estava a camara de televisão a fazer a sua parte.
O verdadeiro debate que a oposição deveria ter aberto, depois de desperdiçar a soberana oportunidade de precaver isso via CONSTITUIÇÃO, se os maus futuristas da UNITA não tivessem cometido um dos seus maiores erros de calculo, é saber se é legal ou não o MPLA ter estes quilométricos minutos na televisão publica. Para uns é legitimo, porque enquanto partido governante deve ter oportunidade de mostrar o seu trabalho e deixar o eleitor julgar, porém para outros nessa ocasião a legitimidade do detentor do poder deveria ser suspensa para que todos os contentores pudessem partir em pé de igualdade. É um longo debate, cuja procissão apenas vai no começo, mas a verdade é que o fosso entre a imagem do MPLA e de seus concorrentes vai se alargando cada vez mais.
Estudos referem que a televisão trouxe uma maior volatilidade do voto. O eleitor para se informar melhor, acaba deixando para a última hora a definição em quem votar. Que os eleitores com menor grau de instrução são mais influenciados por esse veículo do que por outros. Diz ainda, que, a televisão ajuda a enfraquecer alguns partidos políticos e o inverso também ocorre. A literatura especializada atribui a televisão poder de fazer alguém conhecido sem precisar sequer de partidos, bastando as vezes uma boa aparência, pois na televisão o eleitor vai buscar as qualidades do candidato. Pequenos detalhes como falar bem, não ficar tenso ao intervir na TV são de valor capital. Portanto para muitos a televisão é uma oportunidade e uma fraqueza,  quicá esta é a razão porque não tivemos debates televisivos em 1992 por mais que alguns quisessem programar tal desiderato, acto contínuo não os tivemos em 2008 e 2012, pelo menos ao nível das figuras singulares que podem favorecer ou desfavorecer as campanhas das formações políticas, refiro-me aos lideres.
Daniela Bordinhão no site AGENCIA DE NOTICIAS - Brasil, escreve que apesar das pessoas dizerem que não, a propaganda na TV tem bastante audiência. Lembra que antigamente o que valia era o comício e o corpo-a-corpo. Atualmente, essas manifestações não têm tanta influência. O comício depende da concentração de pessoas em determinado local, do transporte, da segurança e do interesse das pessoas. Neste contexto, “a propaganda na TV é uma forma segura e simples de participar”.
A influência da propaganda eleitoral na TV sobre os eleitores foi tema de um estudo realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) em 2001. Para descobrir qual é a sua influência sobre o processo de decisão do voto do eleitor. O cientista político Antônio Fernandes Júnior da faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, elaborou uma pesquisa a volta do horário gratuito de propaganda eleitoral e as eleições ao governo do Estado de São Paulo em 1998 e provou que ao contrario do senso comum que afirma que os programas de campanha eleitoral são cansativos e de baixa audiência na pratica acontece o contrario. Em 1998 para o governo do Estado de São Paulo, o espaço na televisão foi decisivo para o resultado final confirmando a tese de que o horário de campanha na TV é uma das principais fontes de informação da maioria da população "é a linguagem com a qual estamos acostumados”.
O renomado pesquisador cita no seu estudo os vários factores de influencia numa campanha eleitoral classificandos-os entre os de curto, médio e longo prazo no que toca a exercer influencia sobre o eleitor. O espaço de campanha eleitoral na televisão aparece entre os factores de curto prazo categoria onde esta igualmente a conversa com pessoas próximas e de confiança e os comícios e passeatas de ruas aparece em última instância. Portanto, Fernando, mostra que todas as classes sociais acompanham, indistintamente e com muita curiosidade, o horário eleitoral. 
Isso resulta do facto da televisão ser o meio de comunicação de massa mais completo, é muito mais real e convincente do que outros veículos – dá movimento, acção e vida à mensagem. Depois de descoberta, ela  eclipsou a imprensa sobretudo porque os jornais não podem responder cabalmente a características como: a instantaneidade, a flexibilidade, o potencial de dramatização, acompanhamento "in loco" do evento, e mais que tudo, o seu imenso poder de penetração na população e retenção de quem se atreve a dar uma olhada a telinha. Ela funciona como uma masmorra sem precedente, ela é uma prisão das mais seguras do mundo onde os enclausurados não tem espaço para fuga nem na pratica e nem em pensamento, porque a televisão actua sobre todo o ser que imbuído acompanha com as mãos, as pernas, com todo o corpo que se associa aos sentidos previlegiados de percepção da sua electricidade, que são a visão e audição.
Servindo-se desta confortável vantagem sobre os seus concorrentes, mesmo que os mais optimistas como Frei Zé Paulo[5] não a tomem como ameaça aos outros medias, a televisão, principalmente nos períodos eleitorais, desenha e projecta para audiência a figura do político ou do projecto político da mesma forma como um promotor de venda procura a todo o custo chamar atenção para o seu produto. Na verdade, aqui não é a televisão, são as pessoas que se servem deste demolidor poder da televisão para estender as suas masmorras e não dar espaço a mais nada e mais ninguém. Referimo-nos aos profissionais da propaganda aqueles que se dedicam desde os tempos da democracia ateniense a apresentar-nos um conjunto de aparências mais para convencer do que para depurar a verdade.
O objectivo da propaganda política é dar ao consumidor condições para desqualificar, de imediato, as críticas e os comentários desfavoráveis ao seu assessorado.
Duda Mendonça (2001), sentencia ao afirmar “no mundo e no tempo em que estamos vivendo, é preciso realizar e comunicar. Fazer e informar. De forma rápida e eficiente. Não é raro que o saber, mal digerido, paralise. Nem que a criatividade, livre de amarras, saiba gerar seus planos e engendrar as suas tramas. Erram os que pensam que é só seguir à risca o que as pesquisas apontam. Falar o que as pessoas esperam. Vestir o que as pessoas gostam e então, comemorar a vitória”. Duda esclarece que “o que conta não é só o texto, mas o corpo de quem está ali, enviando esta ou aquela mensagem. Contam o timbre da voz, a entonação, as pausas, o olhar, os gestos, a roupa, o corte do cabelo e até um simples piscar de olhos”. Para ele o importante é transmitir emoção, falar com os olhos, falar com as mãos, falar com a alma. Uma reação autêntica vale muito mais do que um discurso conceitual, repetitivo, cheio de números.
Nas campanhas políticas na TV, o fator mais importante é conquistar a admiração das pessoas. Se o candidato ou o projecto de sociedade consegue conquistar a admiração da população, ele estará concerteza muito próximo do sucesso. Entretanto, a bem querida “admiração” é conquistada muito mais com atitudes do que com obras.
A campanha política tem sido comparada a variadas acções existentes em outros sectores de actividade. Por exemplo, um actor comparou-a a guerra, no sentido metafórico da palavra e nas guerras temos exército, estratégias, bombas, vitórias, derrotas, sofrimentos, etc. É um ambiente constantemente tenso.
Alberto Cafussa, ao referir-se ao espaço de actuação dos partidos políticos compara-o ao “mercado econômico” onde os partidos devem identificar os pontos fortes e fracos dos concorrentes, assim como descobrir as necessidades do consumidor, para o caso cada grupo de eleitores.
Uma campanha eleitoral é na verdade “um combate” entre candidatos pelos "corações e mentes" dos eleitores. Cada um apresenta a sua versão sobre si mesmo. O objetivo é o mesmo: fazer prevalecer a sua versão sobre as demais e, desta forma, persuadir o eleitor a votar nele e conquistar a mídia dominante, a mídia dominante na nossa sociedade é a TV. Ela é o mais completo dos veículos, tem som, imagem e texto, e, portanto a mais influente, e a que melhor transmite toda a dramaticidade da campanha eleitoral. Portanto até prova em contrario é nela que se projectam as vitorias nas democracias. É na televisão que se estabelece a intimidade entre a escolha secreta do eleitor e a capacidade de conquistar do político. O pior erro é pensar o contrario.
Perante esta realidade o MPLA só faz o que a sabedoria indica e qualquer um no seu lugar o faria. Importa ressaltar que o MPLA o faz muito bem e a oposição inversamente o contrario. Porém, mantem-se a questão de fundo: É LEGITIMO O MPLA TER QUASE QUE DE FORMA EXCLUSIVA ESTA FERRAMENTA AVASSALADORA? É LEGAL TODO A CAPMANHA A FAVOR DO GOVERNO AO LONGO DOS MESES QUE ANTECEDERAM O DIA D?
Eu não tenho as respostas por isso lanço a questão a debate.
Vamos a isso…

 

 



[1] Alberto Cafussa, TENDÊNCIA DE VOTO DO ELEITOR ANGOLANO NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 2008.
[2] ANGOLA RELATORIO FINAL,  eleições parlamentares 5 de setembro, União Europeia, missão de observação eleitoral 21 de setembro 2008.
[3] idem
[5] TV E INTERNET, AMEAÇAS A RADIO? – frei Zé Paulo na sua alocução no congresso de radiodifusão, UnIA, fevereiro de 2011