segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PORCELANA, CAIU DE PÉ

A corda rebenta sempre do lado mais fraco. Desde muito cedo que aprendemos isso na escola. Infelizmente esta verdade repetiu-se este domingo com a triste descida do Porcelana Futebol Clube. O Porcelana, não obstante o entusiasmo dos kuanzanortenhos e o facto de a sua subida a fina flora do futebol angolano nos ter devolvido um pouco da aura dos tempos dos Dinizes, Diabos Negros, Satec, Dinamos e Eka, acabou por deixar a nú a nossa maior fraqueza. Uma fraqueza própria da ingenuidade de um aprendiz.
Na verdade, os nossos atletas, dirigentes e o publico acreditavam piamente que somente e unicamente jogando dentro das quatro linhas era possível continuar a levar o folguedo ao Dinizes. Puro engano. Por cá e um pouco no mundo desportivo, a verdade desportiva, foi mandada para o balde do lixo. O espirito olimpico que norteou o fundador da maior cimeira desportiva é uma mirage nos nossos tempos.
Hoje, ganha quem sabe jogar e não só. É preciso saber jogar dentro das quatro linhas e fora delas. Jogar fora das quatro linhas é a tactica que falta ao Porcelana. Precisamos colocar na nossa piscina peixe e não passaros. Na piscina nada-se e o nosso futebol é um imenso tanque de água onde os que não tem genica de jogar fora dos campos se afogam.
Não faz mal. É preciso aprender com os erros. O estádio dos Dinizes vai se entristecer, mas não devemos baixar a cabeça. Vou continuar de cabeça erguida e torcer pelo Porcelana porque os que nos roubaram felizmente são angolanos tão angolanos quanto nós e portanto merecem perdão. Tal como o Salvador disse: PAI PERDOA-OS NÃO SABEM O QUE FAZEM.  E acrescento todos tem mais fome que estômago, coitados...