quinta-feira, 22 de março de 2012

DOIS PESOS DUAS MEDIDAS


É certo que o nosso país esta em profundas mudanças, so que para mim algumas mudanças estão a penetrar profundamente em maus habitos e praticas que quase chegamos ao fundo do posso de onde será dificil sair.
Ia eu a passar na movimentada anevida dos Combatentes quando detalhes particulares de uma imagem me chamaram atenção. Olhem para foto e facilmente se pode auferir 3 momentos diferentes: 2 policias interpelam passageiros de um motociclo que não usam capacetes, na esquena esta de tocaia uma carro da fiscalização e bem em cima da curva esta um par de jovens nas maiores das naturalidades a concertar uma avaria no seu AZUL E BRANCO.
Como sou curioso e porque ja estava de volta a casa depois de mais uma jornada laboral, decidi ver o desfecho do cenario e foi o seguinte: os dois utentes da moto (aparentemente estrangeiros) foram acompanhados para o carro de patrulha que nos ultimos dias substituiu a esquadra movel, o carro da fiscalização se manteve no mesmo lugar e o par de tripulantes do candongueiro terminaram o seu concerto no meio da via e zarparam.
Uma nota adicional: enquanto observava ia passando um pronto socorro que infelizmente não consegui fotografar.
Perante tal, não seria de todo sensacto que se tomasse alguma medida a dimensão de cada infracção, ou seja: multar os motociclistas e remover o hiace com o pronto socorro para que se fizesse o concerto em local menos arriscado?
Tanta dinheiro investido e marketing social com o tal "FAÇA A SUA PARTE, DÊ O SEU EXEMPLO" pelos vistos para nada.
Que pena, minha Angola!!!

quinta-feira, 1 de março de 2012

QUANTA FALTA NOS FAZ UM MANDELA


Quando olho para o rumo da política angolana chego a uma conclusão desoladora: estamos a desperdiçar uma oportunidade única de mostrar ao mundo que crescemos e amadurecemos.
É com bastante preocupação que vejo que os políticos angolanos, pelo andar da carruagem vão mais uma vez adiar o necessário inicio da normalidade democrática que se espera uma vez que o crescimento econômico a muito começou a sua caminhada.
O nosso parlamento esta a transformar-se um pouco no jogo do rato e gato. Tu entras eu saio, eu saio tu entras. Já vai sendo uma noticia com lugar cativo nas pautas jornalísticas “a oposição abandona a sessão...” quando se debate ou se vota sobre o diploma X. Coincidentemente só ocorre sobre uma linha de diplomas, os que vão regular o processo eleitoral.
Cada um na sua bancada, MPLA e oposição menos a NOVA DEMOCRACIA, jogam o GATO E RATO cada um com seus argumentos da razão. Ouvi que finalmente completou-se o pacote que vai regular as nossas próximas eleições. Completou-se, mas, de uma maneira incompleta porque não contou com a participação da oposição que abandonou a sala na ocasião.
Cá comigo, quem deveria mais uma vez mostrar que o país precisa dar um passo em frente e terminar as “briguinhas” é o glorioso com a seguinte receita: MANDAR A LUZIA INGLES PARA OUTRA PASTA E EM NOME DO INTERESSE DE TODOS OS ANGOLANOS FAZER ASCENDER UM NOVO CHEFE DA CNE QUE SEJA NA VERDADE UM MAGISTRADO JUDICIAL NO ACTIVO.
Porque a oposição, que muitos dos renomados do GLORIOSO dizem não ter argumento nem posição, parece desta vez com a "bola e o dono da bola". A Bola, porque argumenta que a Sra. a data da indicação, NÃO ERA MAGISTRADA JUDICIAL NO ACTIVO e a dona da bola porque EXIBEM COPIA DO DIARIO DA REPUBLICA QUE PROVA A DEMISSÃO DA MESMA DO POSTO DE MAGISTRADA.
Por amor de Deus? Não estaremos a ser apenas reféns do orgulho político exacerbado ou será que o Glorioso já não confia em outro magistrado judicial no activo.
Finalmente que tal mandar de volta ao cargo o kota Caetano de Sousa? Experiência - possui bastante, carisma - de sobra, condições legais - reúne e ao que parece deve mobilizar apoios até da própria oposição. Assim ficariam esgotados os argumentos que tanta “birra” trouxe a agenda setting política do país e avançávamos para eleições gerais sem suspeição.
Bem diziam um amigo: Angola precisa de 1000 Mandelas para de uma vez por todas aprender a superar a diferença e salvaguardar o interesse supremo, acima de todos os interessas, comum a todos e inadiável: A NAÇÃO.