quinta-feira, 24 de novembro de 2011

AFINAL PODEMOS OU NÃO ANDAR A 120 km/h?

Mesmo não sendo defensor da velocidade "gratuita e irresponsavel" que assola as nossa estradas, publico essa fotografia para mostrar aos meus "amiguinhos" policiais do Huambo e da Bete na estrada da trombeta que o saber não ocupa lugar.
Estar envergando a farda da policia não é sinomimo de saber de cor o codigo de estrada.
A foto acima foi tomada no troço Chibia - Quilengues na pprovincia da Huila. Estamos em Angola.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

100 km/h É LEGAL EM ESTRADAS ANGOLANAS

É de minha natureza não levar desaforro para a casa nem deixar tarefas por concluir. Sendo assim e porque prometi na reflexão anterior procurei, procurei até que achei o que precisava mostrar aos dois policiais sendo um no territorio do Huambo e outro no do Kuanza Norte.
Afinal, como prova a fotografia tirada entre Catete e Calomboloca na estrada nacional 230 é sim as vezes permitido andar a 100 km/h em estradas angolanas. Não é que eu seja um "acelera" como diz o Jorge Gomes da Radio Mais, mas precisamos ambos (autoridades e utentes da via) relever os books antes de lançar intemperies pra cima dos automobilistas. Na verdade há por aí gente convencidas de que ao vestir a farda, logo sabem tudo.


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O ABUSO DE AUTORIDADE DOS NOSSOS AGENTES DE TRANSITO

Ainda os ecos do meu periplo pela sul de Angola, trago aqui no meu cantinho uma reflexão com os meus botões, já que quase ninguem le o que escrevo nesta pagina anonima. Saía eu da nobre cidade do Huambo satisfeitissimo por mais um reencontro com o JP e pelo facto de ter levado a Guida a conhecer aquelas famosas terras planalticas de Angola quando quis a ironia do destino que tivesse o segundo desabor.
Vinha eu a rodar a minha viatura no troço Cidade do Huambo Alto Hama a 100 Km/h quando de repente depois de uma pequena subida vislumbrei uma placa prostrada na lateral do pavimento e dentro de um circulo a negro escrito 80 e ao lado da placa um homem vestido de azul e instantaneamente o aviso: VELOCIDADE CONTROLADA POR RADAR.
Apesar de estar a rodar naquilo que me pareceu velocidade legal, imediatamente comecei a travar e rapidamente de soslaio olhei para o quadro de instrumentos e constatei que me indicava velocidade abaixo de 100 Km/h.
Disse para mim mesmo que estava dentro de uma velocidade que se encaixava no conceito de VELOCIDADE ADEQUADA que "é aquela que não excedendo os limites legais nem sendo lenta, permite ao condutor qualquer manobra, especialmente fazer parar o veiculo no espaço livre à sua frente" (artigo 24, VELOCIDADE).
Entretanto, e para minha admiração, a seguir recebi ordens de parar por parte de um outro agente que avistei logo a seguir a alguns metros do radar. Dirigiu-se a mim com a celebre cortesia e logo depois disparou: documentos da viatura e carta de condução. Entreguei e a seguir perguntou pelo triangulo e colecte reflector. Mostrei. Não se dando por satisfeito o nosso policial com patente de sargento virou-se para mim e disse: o senhor passou em axcesso de velocidade no radar, por isso vou lhe multar.
Eu retorqui: não pode ser, eu estou a vir a 100 km/h!
Háaaa... a 100 km/h e acha que não esta em excesso de velocidade?
Admirado, pedi desculpa pela minha ignorancia e ousei dizer que achava que não estava em excesso de velocidade. Aproximou-se e voltou a perguntar: se passou na escola qual é o limite dentro das localidades? Eu respondi nunca acima de 60 km/h. a seguir o meu estimado sargente disparou: então sabe o limite dentro das localidades e não sabe que fora delas não deve exceder 80km/h?
Piorou a minha admiração, estupefação! duvidei desde limite ficamos num bate papo cada um em sua defesa e como nas estradas angolanas os nossos autoritarios policias tem sempre razão lá levou-me a carta para junto de um outro agente que sobre a parte traseira de um automovel passava as multas e entregou a minha carta. Lá estavam, mais uns tantos condutores e fui convidado a chegar até lá. recusei e esperei pela multa no carro.
Enquanto decorria o lapso de tempo da passagem da multa ouvi alto e bom som a ordem do homem do radar dada via radio: Hiace azul (matricula LDV-12-80) 120 km/h, copiado?. O mesmo agente que me tinha interpelado respondeu: copiado. Não tardou vislumbramos o tal hiace e lhe foi dada a respectiva ordem de paragem. O condutor obedeceu porém vinha a conduzir tal hiace um policia fardado que não entregou documento nenhum e foi imediatamente encaminhado para o ponto da passagens de multas.
Fiquei atento e verifiquei que não acontecia nada com aquele condutor que minutos depois parecia estar de volta ao seu veiculo para seguir viagem. Curioso e no pleno uso de meus direitos de cidadão dirigi-me ao policial que me tinha interpelado e disse-lhe: estou a ver mal ou o condutor do hiace não entregou nenhum documento e não lhe vai ser passada a multa já que tambem vinha em excesso de velocidade?
O policia meio envergonhado me respondeu: aquele é o chefe e esta a fiscalizar os postos todos que estão na via. Sorri e devolvi para o meu interlocutor: então o chefe da fiscalização, fiscaliza os postos acompanhado de dois civis e em uma viatura descaracterizada?
O que veio a seguir é o que já conhecemos dos muitos e variadissimos policias mal preparados que abundam por esta Angola e que se acham donos da verdade absoluta e setenciou. Agora vamos mesmo lhe multar de forma pesada por estar a refilar. E assim aconteceu. 120 UFC que só podem ser pagas na Repartição Fiscal do Huambo até ao dia 9 de novembro do corrente. Contas feitas tenho de marcar nova viagem para o Huambo em resgate da preciosa carta de condução.
Inconformado, voltei ao celebre Manual do Codigo de Estrada em busca de descodificar o que diz o tal artigo 27 invocado pelo meu autuador e vejam o que descobri:
Para o veiculo que eu conduzia que se encaixa na categoria de veiculo ligeiro (era uma Mitshubishi L 200) deve rodar até 60 km/h, dentro das localidades; 120 km/h nas auto-estradas ou vias equiparadas; 100 km/h em vias reservadas a automoveis e motociclos e 90 km/h nas restantes vias publicas.
Ora, no meu entender estava em um troço de via reservada a automoveis e motociclos e o meu carro era um LIGEIRO MISTO E SEM REBOQUE e portanto estando fora de localidade e sem um sinal prévio a impor o contrario podia sim andar aquela velocidade.
Quis o agente ARNANDO MUALUPASSO, "assambarcar-me" alguns kuanzas mesmo não conhecendo ele o que o codigo diz a rigor. Agora me pergunto esta multa foi bem passada?
Enfim, coisas de Angola.
Insatisfeito, no dia seguinte seguia eu a Ndalatando, alguns quilometros depois de deixar o posto policial do Nzenza do Itombe fui parado por uma patrulha da BET. Era para a mesma rotina de sempre: carta de condução, documentos da viatura, triangulo e colecte. Como o meu "interpelador" até era simpatico, pensei contininuar a tirar as minhas duvidas, e aproveitei:
Desculpa sr. regulador, estou aqui com alguma duvida. A luz do nosso codigo de estrada em Angola excepto na autoestrada ou via rapida, não estamos autorizados a andar a 100 km/h? O homem da BET olhou para mim curioso e disse; NÃO.
Seguro que estava que existem placas algures em Angola a limitar a velocidade em determinados troços de nossas estradas a 100 km/h e a seguir ter o sinal que declara o fim do limite de velocidade (implicitamente autorização para rodar acima de 100 km/h), abrimos um debate que terminou com o policia a dizer que o que eu estava a dizer nâo correspondia a verdade.
Disse-lhe que um dia tiraria fotos destes sinais e que colocaria no meu blog. Ele, curioso disse: dê-me o endereço que quero ver esta foto um dia.
Portanto agora ando a caça de fotografiar um sinal destes para mostrar ao meu amigo da BET e aos meus estimados agentes reguladores de transito "autoritarios" que verdades absolutas não existem e que ninguem sabe tudo.
Ainda bem que "eu sei que nada sei", como disse um dia um celebre pensador.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

UM CARTÃO VERMELHO AO HOTEL CASSOMA NO KUITO

Como em tudo, a parte ruím da minha viagem foi a alta dos preços dos hoteis se comparado com a qualidade de serviço proporcionado. Fiquei marcado pela negativa com a regressão do Hotel Cassoma na cidade do Kuito. A mais ou menos um ano quando lá estive, o serviço não era "cinco estrelas "mas, valia pelo que se cobrava.
Agora por quase 200 dolares que pagamos por diaria o Hotel Cassoma começou por me oferecer uma cadeira partida no quarto. Por pouco levava um tombo. De imediato reclamei com a menina da recepção e em seco disse: vou mandar trocar.
Depois disso, virei para o televisor ao mesmo tempo que queria ligar o frigo para conservar as minhas frutas e agua. Para minha surpresa só tinha uma tomada e tinha de escolher entre ligar o frigo e o televisor. Parti novamente para a recepção. De imediato veio o menino da manutenção com uma ficha tripla. Liguei o frigo que parecia trabalhar, porem, 30 minutos depois constatei que não fazia frio.
Desiludido atirei-me na cama, para meu espanto as almofadas não tinha fronhas. Fui dar uma volta pela cidade e quando decidi deitar-me estava um grupo de falaciosos em altas gargalhadas no corredor dos quartos a colocar a sua conversa em dia. Lá ficaram por horas a fio até que as 2 horas da madrugada cansei-me e abri a porta em roupas miudas e mandei um bafo aos falaciosos que de imediato entraram para os seus quartos com pedido esfarrapado de desculpa.
Voltei a cama. O cumulo foi que sentindo que algo caminhava sobre a minha manta, levantei-me e fui acender a lampada: era uma barata. Assassinei o bichinho de raiva, mas já eram 4 horas e o que me restava era aguentar até amanhecer e bater em rertirada.
Foi o que fiz. No balcão pedi uma factura para justificar os meus gastos. Surpresa: era uma factura dessas de bloco que andam a venda nas papelarias. Perguntei ao menino, que entretanto tinha rendido a menina, se não tinha uma factura melhor que aquela? e a resposta foi: a impressora avariou.
Portanto não recomendo o hotel Cassoma a ninguem que va ao Kuito em busca de descanso e algum conforto.
Cartão vermelho.

USUFRUINDO OS BENEFICIOS DA PAZ

O Kota Wezzo não se cansa de referir, cada vez que faz uma viagem, que esta a usufruir dos beneficios da paz. Na verdade nos ultimos 8 anos conheci mais pontos de Angola do que nos restantes tantos outros anos de minha vida.
Na ultima semana, mesmo em serviço, fiz um dos mais longos e excitantes periplos pela zona sul de Angola e compreendi a imensidão de territorio e recursos que Deus Pai Todo Poderoso deu de graça aos angolanos e que durante muito tempo por quizilias futeis não conseguimos usufruir.
Partindo de Luanda, segui até Sumbe, logo alcancei Lobito e cidade de Benguela. A seguir rumei para Caibambo, Cubal e Ganda e deste ponto rumei para a provincia do Huambo indo conhecer o celebre Lépi e depois Caála. Não satisfeito segui para Chinguar e cheguei ao Kuito. felissimo pelo passeio-trabalho, no regresso me dei ao luxo de rumar via Alto Hama, Waco Kungo, Quibala, Dondo e finalmente de volta a casa em Luanda. Portanto saí pelo Morro de Veado e regressei por Catete.
Vi coisas e loisas. Fotografei, degustei, conversei, enfim fiz um pouco de tudo.
Neste lindo tour uma das coisas que me marcou foi fotografar estes dois cumes esculpidos pela natureza a quem os locais chamam "Duas Xuxas". Fica na estrada a Caminho do Cubal.
Numa tarde de sol e ceu azul foi um espectaculo.
São os beneficios da paz, parafraseando o coronel.